Marcelo A. Checchia - Psicanalista
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Grupo de estudos:
Técnicas em Psicanálise
Nunca é óbvia, na psicanálise, a resposta a questões técnicas. Se existe mais de um caminho bom, há também muitos ruins, e uma comparação de técnicas diversas é sempre esclarecedora, mesmo quando não leva à escolha de um determinado método (Freud, 1911).
A proposta geral deste grupo de estudos é a de realizar um percurso histórico crítico de escritos que abordam direta ou indiretamente a técnica psicanalítica, confrontando e tensionando diferentes posicionamentos entre os psicanalistas ou de um mesmo psicanalista.
O percurso será realizado em cinco blocos principais:
(1) O eixo central é, claro, a obra freudiana, e o ponto de partida são seus Estudos sobre a histeria (1986). Passaremos pela técnica de interpretação dos sonhos, pelos clássicos Escritos sobre a técnica, pelos casos clínicos e por diversos outros textos freudianos que não costumam ser incluídos nas discussões sobre a técnica Além desses textos, percorreremos também trechos de cartas trocadas entre os psicanalistas, as atas da Sociedade Psicanalítica de Viena e alguns relatos de pacientes de Freud.
(2) O segundo bloco abordará as inovações técnicas, contemporâneas a Freud, propostas por Ferenczi (elasticidade da técnica, empatia, técnica ativa etc.) e os tensionamentos que tais inovações geraram na comunidade psicanalítica.
(3) O terceiro tratará das derivações técnicas desenvolvidas principalmente nos Estados Unidos a partir da teoria do Eu de Anna Freud. Acompanharemos textos de alguns pós-freudianos cujas teorias ficaram conhecidas como Psicologia do Eu: Loewenstein, Hartmann, Kris, Greenson).
(4) O quarto bloco consistirá no estudo das técnicas fundamentadas nas teorias de relação de objeto, desenvolvidas especialmente por alguns pós ferenczianos (casal Balint, Fromm, Thompson, Sullivan), cujas teorias costumam ser denominadas de Psicanálise culturalista interpessoal. Destacaremos assim a continuidade das divergências sobre a técnica entre Freud e Ferenczi em solo estadunidense.
(5) O quinto, por fim, trata da técnica fundamentada na teoria do inconsciente estruturado como linguagem elaborada por Lacan. Acompanharemos o intenso estudo crítico de Lacan, realizado ao longo da década de 1950, a respeito da teoria da técnica dos pós-freudianos e analisaremos sua proposição de organizar os elementos da técnica em três níveis: política, estratégia e tática.
Ao tratarmos de cada um desses eixos, sempre discutiremos a relação dialética entre as teorias dos processos inconscientes, as teorias dos mecanismos de funcionamento do Eu, as teorias de relações de objeto e as teorias da técnica, tendo como perspectiva não só situarmos como e quando elas foram forjadas, mas também de refletirmos a respeito de como elas podem ou não nos ajudar a pensar nas questões que atravessam nossa prática, como por exemplo: estratégias de manejo da transferência, táticas de quando e como interpretar ou pontuar, usos do divã, tempo da sessão, frequência das sessões, pagamento ou não da sessão, valor da sessão, forma de pagamento etc.
Vale ressaltar que a ideia não é a de chegar a uma teoria derradeira da técnica psicanalítica, mas de mostrar como o constante tensionamento entre as teorias pode ser a melhor, embora mais trabalhosa, maneira de construirmos uma posição própria para sustentar a clínica psicanalítica. Afinal, como disse Freud: “Devo confessar que essa técnica revelou-se a única adequada para a minha personalidade. Não me atrevo a contestar que uma personalidade médica de outra constituição seja levada a preferir uma outra atitude ante os pacientes e a tarefa a ser cumprida” (1912).
Início do grupo: março de 2025.
Final: sem data programada. Inicialmente o plano é de que dure dois anos
Frequência: quinzenal.
Horário: sextas-feiras, das 12:00 às 13:30
Para participar, adquira o ingresso e receba o link de cada encontro.
Valor: 100,00 reais por encontro